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Sylvie

4/16/2014

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Sylvie

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sobre vocação...
“Vocação? Já estive a pensar nisso, no que é a vocação, mas de facto não sei! (risos). Penso que não é uma coisa fixa, que muda desde que somos pequenos até grandes, está sempre a mudar consoante a nossa evolução interna e externa e tem a ver com muitas coisas. Não posso dizer que a minha vocação  quando tinha 6 anos é a mesma de agora, nem da que tinha há 20 anos atrás, não tem nada a ver...de facto, eu nem sei bem o que é a vocação! O que é a vocação? É aquilo que nós queremos?!”

“O que sentes que é, neste momento, a tua vocação? "

“ Neste momento acho que tem mais a ver com prevenir doenças através de uma alimentação o mais saudável possível... tem a ver com  tentar encontrar maneiras de fazer isso. Mais para os meus filhos, tentar criar alicerces para eles crescerem mais saudáveis, melhores, sem terem vergonha dos colegas. Mas se isso é vocação, não sei, vocação de mãe, talvez!”

“O que querias ser quando eras criança?”

“Acho que primeiro queria ser enfermeira, mas depois rapidamente percebi que não tinha um "sentido de cuidar muito bem das pessoas", continuo a não ter, sou uma péssima enfermeira! (risos) Em casa é tudo para o pai! Mais tarde percebi que era boa a línguas e, portanto, fui mais nessa direção. Pensava: "vou ser tradutora"! Continuo a ser, mas se isso agora é a minha vocação ou paixão principal, já não sei bem...acho que não, acho que agora já me estou a dirigir para outros lados...”

“ E que lados são esses?”

“O da alimentação...tentar que nos sintamos bem recorrendo o menos possível a medicamentos e a médicos. Também as terapias alternativas, métodos de cura diferentes...está tudo a dirigir-se para um plano que eu há 20 anos atrás nem pensei que existia e que na altura até me podia ter dado jeito para ajudar certas pessoas, se eu tivesse sabido mais cedo... Naquela altura isso nem entrava na minha cabeça..ou entrava e saía logo..."

“ Foste educada para viver a tua vocação?” 

“Tive sempre todo o apoio naquilo que eu queria fazer e que fiz. Os meus pais deram-me sempre toda a liberdade e as oportunidades para fazer aquilo que eu, na altura, queria. Nunca puseram nenhum entrave, sempre me ajudaram nesse sentido. Neste momento estão a achar que estou a virar para um lado um bocadinho mais esquisito (risos), já não estão a entender muito bem o caminho que estou a tomar neste momento...também têm uma educação diferente, são de uma época diferente..."

“E na escola, fazias alguma atividade que trabalhasse a vocação?"

“Não, que eu me lembre, não...só mesmo as aulas e pouco mais além disso...não sei se neste momento já está a ser diferente nas escolas, mas na altura não. Também não havia nada extra-curricular relativamente a isso, que eu me recorde...mas já foi há muito tempo..."

"Qual era a tua disciplina favorita na escola?”

"Línguas, sim...francês e grego antigo, no secundário adorava! O resto era porque tinha de ser..."

“Posso saber um bocadinho mais da tua história até hoje?...vieste da Holanda..."

"Bom...talvez saber porquê que eu escolhi português, não é? Também não sei bem, mas se calhar teve a ver com uma fase em que eu tinha, mais ou menos, 14 anos. Vim com a minha família de férias a Portugal e houve alguns rapazes que me disseram qualquer coisa que eu não percebi. Também respondi alguma coisa que não percebia muito bem e eles começaram a rir.  Eu não fiquei nada bem com isso e acho que lá no fundo pensei ”um dia hei-de perceber o que é que vocês disseram! ”. Também não gosto muito de espanhol e de italiano, são línguas que muito mais pessoas estudam e falam. O português pareceu-me mais exótico, diferente e original! Mas o primeiro mês foi horrível... queria fugir! Passado esse mês, foi paixão total, que nunca mais desapareceu! Fui passando tempo em Lisboa, em cursos de verão e depois vim para o Porto estudar, conheci o meu marido e nunca mais regressei à Holanda!"

“Que pessoas é que tu admiravas quando eras mais nova?"

"Sempre admirei muito a minha irmã...ela já faleceu...pela força de vida, pela vontade de viver que ela tinha, sempre a admirei. É difícil falar dela...não sei se consigo continuar a falar..." 

“ O que dirias a outras pessoas que se debatem com este tema?"

"Seguir o rumo...não pensar muito em ideias fixas, mas sentir mais o nosso interior e tentar perceber o que está bem para nós. Não ouvir muito o que as outras pessoas dizem porque o que pode estar bem para elas, o que pode ser uma coisa boa para os outros, pode não se adequar à nossa situação, ou ao que nós sentimos que devemos fazer, ou que queremos fazer...é mesmo seguir o nosso próprio rumo e deixar fluir! Não é fácil porque as nossas famílias, as pessoas com quem estamos todos os dias ou gostamos muito, as pessoas que nos educaram de certa forma têm as suas expectativas relativamente a nós e é difícil largarmos essas expectativas e seguirmos o nosso próprio caminho...não é fácil, mas acho que é importante...também é algo que se tem de aprender. Nós aprendemos todos os dias, não há nenhum dia igual! Todos os dias são uma dádiva. Às vezes aprendemos e nem estamos conscientes disso...mas cada dia é uma evolução, penso eu...e nunca sabemos qual será o resultado final! "

Também podem encontrar a Sylvie aqui
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