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Renata

11/9/2014

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Vozes

Renata

sobre vocação...
"A vocação não tem de ser um conceito muito limitado, vai mudando à medida que nós também mudamos. Os nossos interesses vão mudando e a vocação vai evoluindo com isso. Mas, essencialmente, é fazer aquilo que gostamos, em que sentimos prazer e que nos preenche. Para mim, vocação é acordar de manhã com entusiasmo, meter mãos à obra e chegar ao final do dia com  uma sensação de dever cumprido, independentemente do que se tenha feito. Fazer, o que quer que seja, com amor! E que nos faça felizes!"

 " Sabes qual é a tua vocação?"

"Estou a aprender e estou a evoluir, já passei por muitas fases, neste momento sinto que a apicultura, principalmente o contacto com a natureza, me preenche, é o  que mais gosto de fazer, neste momento..."

"O que há, na apicultura, que te faz gostar tanto?"

"O que mais me chamou, inicialmente, foi o contacto com a natureza, a calma, a serenidade que aquele contacto me trazia e que eu percebi sentir falta... gosto muito de plantas, gosto muito do campo. Fiz uma formação, que adorei, sobre plantas medicinais. Falou-se sobre permacultura que é, no fundo, deixar a natureza seguir o seu próprio ritmo, interferindo o menos possível. Porque hoje, infelizmente, o homem está a destruir o planeta! A permacultura foi um tema que me despertou, que me fez pensar. Falou-se muito em abelhas, na sua importância para os ecossistemas, na polinização, e no declínio que estão a ter, também por culpa do homem! Cada vez mais tudo é processado, pouco natural. Hoje em dia tudo cresce com rapidez e com a ajuda de químicos! Aquilo interessou-me, comecei a tentar aprender um pouquinho e fiz uma outra formação. Na altura aprendi muito, muito mesmo! Mas senti que a abordagem sobre a apicultura era muito convencional. Para mim, faltava alguma coisa, faltava uma vertente mais natural. Entretanto, comecei a ter contacto com outras pessoas mais orientadas para essa vertente e que faziam formação. Comecei a frequentar e senti que isso me dizia mais, que tinha mais a ver comigo."

"Mas o quê que quando estás lá ( a fazer apicultura) te faz sentir: “ Eu gosto mesmo de estar aqui! "? O quê que acontece contigo?"

"O que acontece comigo é que eu quando estou lá, estou lá! Não penso em mais nada, estou simplesmente.... estou presente! Também porque podemos influenciar muito pouco, ou devemos influenciar o menos possível, e isso é uma aprendizagem que eu estou a conseguir! Tentar influenciar o menos possível para deixar, no fundo, a colmeia fazer o que faria quase no estado natural...ou o mais aproximado possível. Como viste, não uso químicos, as abelhas fazem o próprio favo, não reutilizo as ceras e tento interferir o menos possível."

"O que querias ser quando eras criança?"

"Não me lembro, mesmo! Acho que nunca tive assim uma grande aspiração, não pensava sobre isso...sinceramente, só me lembro daquelas ideias de muito pequenita, de querer ser astronauta, cabeleireira...Ah! Lembro que, quando era criança, gostava muito da terra, gostava muito de brincar nos meus avós, de brincar no meio dos campos! "

“Qual era a tua disciplina favorita, na escola?”

"Era sempre na área do desporto... se calhar  porque me sentia mais livre..."

“Que pessoas admiras?”

"Neste momento, as pessoas que admiro mais são aquelas que têm coragem de enfrentar os seus medos e seguir em frente com algo que gostam realmente. É isso que eu mais admiro...não é propriamente uma pessoa, mas uma qualidade...pessoas que têm a coragem de mudar o rumo da vida, por uma paixão! " 

“Achas que foste educada para viver a tua vocação?”

"Os meus pais sempre me deixaram livre para fazer a escolha que quisesse. Não fiz a escolha certa! A minha formação académica foi na área da contabilidade e gestão e hoje sei que não foi uma decisão acertada, porque nunca me motivou. Aliás, nunca trabalhei nessa área e nunca senti o apelo, sequer, de procurar algo mais aí..."

“O que dirias a outras pessoas sobre vocação?”

"Acho que diria para não pensarem muito e para não se preocuparem muito...acho que diria para tentarem fazer o que gostam, nem que seja como um hobby ... e se conseguirem conciliar as duas coisas e fazer desse hobby uma profissão, excelente!"

“ Como achas que podes servir os outros, o mundo, com o que estás a fazer?”

"É engraçado, porque eu sinto que o produto final, que é o mel ou o própolis, o produto final da colmeia, não é o mais importante. O sentimento de estar a contribuir, de alguma forma, para um planeta mais limpo, mais equilibrado, mais saudável e tentar transmitir isso às pessoas que contactam comigo, principalmente às crianças,  é o que gosto mais, sinto que é mais importante...tento incutir-lhes sempre respeito e amor pela natureza, porque quanto mais nos afastamos, mais tendência temos a sofrer com doenças ou a não nos sentirmos tão em paz."

"E quais são as aplicações práticas dos produtos das tuas colmeias?"

"O pólen fornece vitaminas, minerais, proteínas e outros elementos para o bom funcionamento do organismo. Pode-se comer...tem uma imensidão de propriedades, para fadiga, depressões...mas não é muito fácil, porque é muito amargo! É incrível, como de algo tão amargo, as abelhas fazem algo tão doce como o mel!  O própolis é antibacteriano, anti-inflamatório, é um antibiótico natural, para infecções respiratórias, da garganta...e a cera de abelha tem propriedades cicatrizantes e anti-inflamatórias para a pele. Estou a usá-la para fazer sabonetes! A pele é o nosso maior órgão e muitas vezes nós não cuidamos dela como deveríamos!"

Podem contactar a Renata através de meldeguimaraes@gmail.com e beneficiar das muitas aplicações práticas da sua vocação!
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